Diferenças entre edições de "Experiência de Thomson"
Linha 155: | Linha 155: | ||
==Efeitos da corrente eléctrica estacionária criada por uma espira== | ==Efeitos da corrente eléctrica estacionária criada por uma espira== | ||
+ | [[file:fig-fio.jpg|thumb|upright=0.5 |alt=Campo magnético produzido por um fio onde passa corrente |Campo magnético produzido por um fio onde passa corrente]] | ||
+ | [[file:fig-espira.jpg|thumb|upright=0.5 |alt=Campo magnético produzido por uma espira circular onde passa corrente |Campo magnético produzido por uma espira circular onde passa corrente]] | ||
+ | |||
A passagem da ''corrente eléctrica estacionária'' (i.e. cuja intensidade não varia no tempo) por um condutor cria um campo magnético B além de produzir calor por efeito de Joule. As ''linhas de força magnética'' produzidas por um fio condutor linear são circulares e concêntricas com o condutor (ver figura). O módulo de Bnum ponto a uma distância rdo fio (medida na perpendicular ao fio) é | A passagem da ''corrente eléctrica estacionária'' (i.e. cuja intensidade não varia no tempo) por um condutor cria um campo magnético B além de produzir calor por efeito de Joule. As ''linhas de força magnética'' produzidas por um fio condutor linear são circulares e concêntricas com o condutor (ver figura). O módulo de Bnum ponto a uma distância rdo fio (medida na perpendicular ao fio) é | ||
Linha 163: | Linha 166: | ||
em que μ0=4π×10−7H/m é a ''permeabilidade magnética'' do vazio. | em que μ0=4π×10−7H/m é a ''permeabilidade magnética'' do vazio. | ||
− | |||
− | |||
− | No caso de uma espira <ref>Termo que designa um circuito eléctrico fechado< | + | |
+ | No caso de uma espira <ref>Termo que designa um circuito eléctrico fechado</ref> circular, é criado um campo magnético cujas linhas de força são curvas fora do seu eixo e lineares apenas ao longo do eixo. Pode provar-se que o campo magnético criado por uma espira de raio r percorrida por uma corrente de intensidade I tem linhas de força fechadas <ref>Mesmo aquelas que só ''fecham'' no infinito</ref>, ao contrário das linhas de força eléctricas. Isto coloca em evidência que B nos pontos do plano da espira, mas exteriores a esta, é antiparalelo a B no eixo da espira (ver figura). O módulo de B num ponto do eixo é dado por | ||
<math display=“block”> | <math display=“block”> |
Revisão das 16h56min de 27 de março de 2024
Determinação experimental da relação q/m do electrão
Objectivo do trabalho
Pretende-se com este trabalho determinar a relação entre a carga e a massa q/m do electrão. Para esse fim, vamos estudar a deflexão de um feixe de raios catódicos sob o efeito de um campo eléctrico e de um campo magnético.
Conceitos fundamentais
Os raios catódicos foram descobertos em 1879 por William Crookes (1832--1919), mas foi Sir J. J. Thomson\footnote{Prémio Nobel da Física de 1906, em reconhecimento dos seus trabalhos teóricos e experimentais na condução da electricidade em gases.} (1856--1940) que, em 1897, relatou as experiências por si realizadas e que permitiram determinar o valor daquela relação. Além disso, estas experiências provaram que os raios catódicos são constituídos por partículas de carga negativa, desde então designadas por electrões. Neste trabalho iremos reproduzir aproximadamente a experiência de Thomson.
hν0=eϕouν0=ehϕ
E(r,z)=E0ˆxw0w(z)exp(−r2w(z)2)exp(−i(kz+kr22R(z)−ψ(z)))
Os raios catódicos foram descobertos em 1879 por William Crookes (1832--1919), mas foi Sir J. J. Thomson\footnote{Prémio Nobel da Física de 1906, em reconhecimento dos seus trabalhos teóricos e experimentais na condução da electricidade em gases.} (1856--1940) que, em 1897, relatou as experiências por si realizadas e que permitiram determinar o valor daquela relação. Além disso, estas experiências provaram que os raios catódicos são constituídos por partículas de carga negativa, desde então designadas por electrões. Neste trabalho iremos reproduzir aproximadamente a experiência de Thomson.
Campo electrostático
Define-se como sendo o campo eléctrico criado por uma distribuição de cargas que não evolui no tempo. Considere-se por exemplo o par de cargas q1e q2 imersas no vácuo, à distância r12 e situadas respetivamente em P1e P2 conforme ilustrado na figura à direita. A força eléctrica que sofre q1no ponto P1devido a q2em P2à distância r12é
FP1,q1(q2,r12)=14πε0q1q2r212ˆur,P1=−FP2,q2(q1,r12)
em que ε0 é designada por constante dieléctrica ou permitividade eléctrica do vazio (ε0≃8.854⋅10−12F/m) e ˆur,P1 é o versor da distância r12 no ponto P1 (vector unitário dirigido de P2 para P1, ver figura).
Dada uma carga q1 e um ponto P a uma distância r, define-se o campo eléctrico E em Pcomo a força eléctrica por unidade de carga exercida sobre uma carga de prova ou teste, suposta unitária e positiva, colocada em P:
EP(q1,r)=q14πε0r2ˆur,P
As unidades do campo eléctrico são o newton/coulomb (N/C) ou, mais habitualmente, o volt/metro (V/m).
As linhas de força eléctrica geradas por q1são radiais e dirigidas para o exterior, se q1>0 ou para a origem, se q1<0. Se se colocasse em P a carga q, a força eléctrica a que esta carga ficaria submetida devido a q1 seria FP,q(q1,r)=qE ou mais simplesmente:
F=qE
A expressão campo eléctrico também define a região do espaço onde se fazem sentir as acções eléctricas.
Potencial eléctrico
O campo eléctrico e a força eléctrica, que são entidades vectoriais, podem também ser calculadas a partir de uma função capaz de descrever o campo mas de natureza escalar, o potencial eléctrico V. Para a situação referida acima, o potencial eléctrico criado no ponto P à distância r da carga q1 é calculado por:
VP(q1,r)=q14πε0r
No caso de uma distribuição de n cargas eléctricas qi à distância ri do ponto P onde se pretende calcular o campo eléctrico e o potencial, tem-se para o campo eléctrico
EP=14πε0n∑i=1(qir2iˆuri,P)
e para o potencial
VP=14πε0n∑i=1(qiri)
Recorde-se que se se considera uma única carga q1 positiva, as linhas de força eléctricas são radiais e dirigidas para o exterior. Essas linhas de força são perpendiculares às superfícies equipotenciais, que são esféricas (r=c.te) na equação ???) e concêntricas com as cargas. Atendendo a (???) para dois raios r1 e r2 tal que r2>r1 temos V(r2)<V(r1) e portanto as linhas de força dirigem-se para os potenciais decrescentes.
Considere-se agora o caso de duas cargas q1>0 e q2<0. Enquanto estiverem muito afastadas uma da outra, produzem campos radiais, respetivamente divergindo e convergindo. Se forem colocadas suficientemente próximas, as linhas de força vão sofrer a influência de ambas as cargas. Nesse caso, apenas uma única linha de força é linear, dirigida de q1 para q2. Todas as outras, que na vizinhança próxima de cada carga são radiais, acabam por infletir, dirigindo-se de q1 para q2. A figura das linhas de força tem simetria de revolução em torno do eixo que contém q1 e q2 e é esquematicamente a indicada na figura ao lado. Se o valor absoluto das duas cargas for o mesmo a figura é simétrica em relação ao plano mediatriz das cargas q1 e q2.[1]
Se se calcular a diferença de potencial entre dois pontos infinitamente próximos P e P+dP devida a uma carga q1 à distância r e r+dr respetivamente, a variação elementar do potencial V será:
dV=VP+dP−VP=q14πε0r(1r+dr−1r)≈q14πε0(−drr2)=−E⋅dr
Esta quantidade representa o trabalho elementar (energia) associado ao deslocamento da carga teste (qt=1C), de P para P+dP. Para q1>0 E e dr são paralelos e dV<0. Isto significa que não será necessário fornecer energia para realizar esse transporte.
De facto, afastar a carga teste da carga q1 (i.e. ir de P para P+dP) leva a uma configuração de cargas q1 e qt energeticamente mais favorável.Erro de citação: Elemento de fecho </ref>
em falta para o elemento <ref>
circular, é criado um campo magnético cujas linhas de força são curvas fora do seu eixo e lineares apenas ao longo do eixo. Pode provar-se que o campo magnético criado por uma espira de raio r percorrida por uma corrente de intensidade I tem linhas de força fechadas [2], ao contrário das linhas de força eléctricas. Isto coloca em evidência que B nos pontos do plano da espira, mas exteriores a esta, é antiparalelo a B no eixo da espira (ver figura). O módulo de B num ponto do eixo é dado por
|Bespira|=μ0I2rsin3α
Força de Lorentz
Uma carga q animada de uma velocidadevnuma região em que existe um campo de induçãoBe um campo eléctricoEfica submetida a uma força de Lorentz\footnote{Se a força for apenas de origem magnética,Fm=q(v×B) pode chamar-se também de \emph{Laplace}}Fdada por:
F=qE+q(v×B)
A força de Lorentz resulta da soma vectorial de uma componente eléctrica e uma componente magnética, que verificam as seguintes propriedades: \begin{itemize} \item a força eléctrica\(\mathbf{F_e}=q\mathbf{E}\)tem a mesma direção que o campo eléctrico; se a carga for positiva tem o mesmo sentido, se a carga for negativa tem o sentido oposto; \item a força magnética\(\mathbf{F_e}=q(\mathbf{v} \times \mathbf{B})\)é perpendicular ao plano definido pelos vectores velocidade\((\mathbf{v})\)e campo magnético\((\mathbf{B})\) sendo o seu sentido dado pela regra da mão direita para o produto externo de vectores. \end{itemize}
\begin{figure}[t]
\centering
\includegraphics[width=0.4\textwidth]{./Lorentz1.png} \caption{Trajectória circular para uma carga positivaqcom velocidadevna presença de um campo magnéticoBinperpendicular. \label{fig:lorentz1}} \end{figure}
\begin{figure}[h]
\centering
\includegraphics[width=0.5\textwidth]{./Lorentz2.png} \caption{ Carga positivaqcom velocidadev na presença de um campo magnéticoBine um campo eléctrico\(\mathbf{E}$. Os três vectores são mutuamente perpendiculares e estão orientados de modo que as forças têm sentidos opostos. \label{fig:lorentz2}} \end{figure}
mv2R=qvB→R=mv|q|B
Um caso particularmente interessante da força de Lorentz verifica-se quando a velocidade da carga é perpendicular tanto ao campo eléctrico como ao magnético. Nesse caso, as duas forças têm a mesma direcção. Adotando uma configuração como a representada na Fig. ???, as forças eléctrica e magnética têm sentidos opostos e podem compensar-se, anulando-se, o que permite que a carga mantenha uma trajectória rectilínea.
Nesta repetição da experiência de Thomson iremos utilizar estes dois princípios para determinar a razão\(q/m$. Num primeiro conjunto de medidas, iremos determinar o raio da trajectória de um feixe de raios catódicos na presença de um campo magnético. No segundo conjunto de medidas iremos equilibrar as forças de um campo magnético e um eléctrico de modo a que o feixe tenha uma forma aproximadamente rectilínea.
\newpage
Figuras dos aparelhos da montagem experimental
\begin{figure}[ht] \centering \includegraphics[width=0.45\textwidth]{./fig3-ThomsomEquip} \caption{Montagem da Experiência de Thomson com tubo de raios catódicos, suporte e par de bobinas de Helmholtz. \label{fig:Thomson_Equip}} \end{figure}
\begin{figure}[hb] \centering \includegraphics[width=0.4\textwidth]{./fig4-Thomson_Electron-Deflection-Tube-D} \caption{Trajectória dos electrões sujeitos a um campo magnético perpendicular. \label{fig:Thomson_trajec}} \end{figure}
\newpage
Procedimento Experimental
Material
- Ampola (tubo) de raios catódicos (TRC), modelo TEL 525.
- Fonte de alimentação do TRC, que inclui alimentação de alta tensão contínua (até 5000 V) aplicada aos eléctrodos (cátodo e ânodo) do TRC e alimentação de baixa tensão (6.3 V AC) para o filamento do TRC.
- Par de bobinas que envolvem a parte esférica do TRC na configuração de Helmholtz (para criar um campo magnético aproximadamente homogéneo na região central entre as bobinas, de raio médior e afastadas deruma da outra).
- Fonte de alimentação de corrente \textbf{contínua} (em modo DC) para as bobinas.
- Multímetro (como amperímetro) a instalar em \textbf{série} no circuito das bobinas.
O tubo TRC tem um filamento alimentado por 6.3 V (em modo AC). Este filamento emite electrões por efeito termiónico. Entre o ânodo e o cátodo do tubo estabelecem-se diferenças de potencial(V+−V−)=Ua. Os electrões são acelerados entre o cátodo e o ânodo e a sua velocidade à saída do ânodo é função de\(U_a$.
Ao entrarem na parte esférica do tubo, os electrões podem ser deflectidos por \emph{campos magnéticos} provocados por correntes que percorrem as bobinas de Helmholtz e/ou por \emph{campos eléctricos} devidos à aplicação de tensão entre duas placas paralelas ligadas aos pontos 1 e 2 do diagrama (Fig. ???).
O campo de indução magnéticaBdevido às bobinas de Helmholtz é aproximadamente uniforme na região central entre as bobinas, e para uma correnteIé dado por\footnote{No sistema SI, a unidade de campo magnético é o Tesla (T), sendo 1\,T=1\,Weber/m$^{2}\).}: \begin{align} \label{eq:helmotz} n &= 320\textrm{ espiras} \nonumber \\ B = \left(\frac{4}{5}\right)^{3/2} \cdot \frac{\mu_0 n I}{r} = \frac{32 \pi n }{5 \sqrt{5}} \cdot \frac{I}{r} \cdot 10^{-7}\textrm{ Weber/m}^{2}
\qquad r &= 0.068\textrm{ m} \\
r &= d/2 \nonumber \end{align}
\begin{figure} [h] \centering \includegraphics[width=1\textwidth]{fig5-TuboTL.pdf} \caption{Diagrama do tubo utilizado e geometria das bobinas de Helmholtz. Esquerda: vista lateral, com ligações eléctricas do filamento e da tensão de aceleração. Direita: vista frontal, com ligações das bobinas de Helmholtz. \label{fig:TL}} \end{figure}
Determinação de q/m por deflexão magnética
Trajectórias de partículas carregadas sujeitas a um campo magnético constante
Quando se aplica uma tensãoUaentre o ânodo e o cátodo (sem aplicar tensão entre os pontos 1 e 2 representados na Fig. ???), pode admitir-se que a velocidade finalvdos electrões ao abandonarem o ânodo é dada pela seguinte expressão
qUa=12mv2
Os electrões entram, com velocidade horizontal, na parte esférica do tubo, onde são deflectidos pelo campo magnético→B(com→B⊥→v)$.Asuatrajectóriapassaentãoasercircular,comraio\(R verificando-se:
Bqv=mv2R
As trajectórias dos electrões podem ser visualizadas numa escala graduada feita de material fluorescente. A origem do reticulado está situada aproximadamente no início da zona sujeita ao campo B. Combinando (???) e (???) obtém-se uma expressão para a relação\(q/m$: \begin{equation} \label{eq:encin3}
\frac{q}{m} = \frac{2\, U_a}{B^2\,R^2}
\end{equation} em que: \begin{description} \item[$U_a$] – impõe-se e mede-se diretamente no voltímetro da fonte de tensão. \item[$B$] – calcula-se, para uma dada corrente\(I\) a partir da expressão (\ref{eq:helmotz}). \item[$R$] – determina-se por leitura no écran fluorescente, das coordenadas de posição\(y\)(horizontal) e\(z\)(vertical) de pontos do feixe. Por construção do tubo verifica-se: \begin{equation} \label{eq:eR}
R = \frac{y^2 + z^2}{2 \, z}
\end{equation} \end{description}
Modo de proceder
\begin{enumerate} \item Montar os circuitos eléctricos de acordo com a Fig. \ref{fig:TL}. Note que as ligações das bobinas devem garantir que a corrente eléctrica é percorrida no mesmo sentido, em ambas: para isso, deve usar os conectores na ordem\(A\rightarrow Z\)numa bobina e na ordem inversa na outra bobina. Chamar o docente para verificação, \textbf{antes de ligar os aparelhos}. \item Verfifique qual é o valor máximo da tensão disponível na fonte de alta tensão. Escolha um valor ligeiramente inferior. \item Ajustar a corrente das bobinas de Helmholtz\(I_+\)de modo a que a circunferência passe por um ponto bem determinado\footnote{Utilize de preferência os maiores valores possíveis para o raio\(R\) de forma a que o feixe se encontre na zona central entre as bobines.}. Calcule\(R$. Inverta o sentido da corrente e determine um novo\(I_-\)para o mesmo raio\(R$. Tomando\(I_{\textrm{medio}} = (I_+ + I_-)/2\( calcule o campo magnético\(B_{\textrm{medio}}$. Utilize a semi-diferença,\((I_+ - I_-)/2\) para a estimativa das incertezas\(\delta I_{\textrm{medio}}\)e\(\delta B_{\textrm{medio}}$. \item Repita o ponto 2) para quatro novos valores de\(R$. \item Repetir 1), 2) e 3) e para os mesmos\(R\) para dois valores inferiores de tensão, afastados por exemplo de 500 V entre si. \item Apresente os valores de\(q/m\)para os 15 pares de determinações. Calcule a média desses valores, assim como a incerteza da média. \item Para um dos pares de pontos, estime a contribuição relativa das incertezas das grandezas que mediu para a incerteza total. Compare este erro assim calculado com a incerteza calculada a partir dos 15 valores calculados. Apresente para cada raio o valor de\(q/m\)assim como o erro associado a cada uma das determinações. Compare e comente os resultados. \item Apresente um valor final para\(q/m$. Estime a precisão e a exatidão obtida nas determinações que realizou. \end{enumerate}
Determinação de q/m por deflexão magnética e eléctrica quase compensada
Situação de equilíbrio entre as interacções eléctrica e magnética
Se, na força de Lorentz, os dois termos se equilibrarem -- ou seja, se as forças electrostática e magnética forem de igual módulo e de sentidos opostos -- a cargaqnão é desviada da sua trajectória. No nosso caso, em que→B⊥→v, a condição de equilíbrio é dada por: \begin{equation} \label{eq:equil1}
|\vec{E}| = v\, |\vec{B}|
\end{equation}
Montagem a efectuar
Aproveitando a montagem já efectuada no ponto anterior, ligue agora os terminais 1 e 2 (Fig. ???) à fonte de alta tensão que gera a tensãoUa produzindo assim na região do écran fluorescente um campo eléctrico. Fazendo com que as bobinas sejam percorridas por uma corrente com intensidade e ``sentido convenientes, podemos obter uma força de origem magnética anti-paralela à provocada pelo campo\(\vec{E}$. Deste modo, a trajectória visualizada no écran será aproximadamente retilínea, sendo a condição de equilíbrio dada por:
\begin{equation} \label{eq:equil2}
|\vec{E}| = v\, |\vec{B}| = \frac{U_a}{d}
\end{equation} ondedé a distância entre as placas do écran fluorescente eUaa tensão entre as mesmas, que é como se disse igual à tensão de aceleração.
\begin{figure} [h] \centering \includegraphics[width=1\textwidth]{fig6-TuboTLE.pdf} \caption{Deflexão magnética e eléctrica quase compensada: ligações eléctricas do filamento, da tensão de aceleração e das placas. \label{fig:TLE}} \end{figure}
A equação (???) permite-nos calcular a velocidade dos electrões, uma vez que podemos conhecer os valores de todas as outras variáveis aí intervenientes. O conhecimento devpermite-nos calcularq/mtendo em conta que, segundo (???), deverá ser:
qm=v221Ua
Ou finalmente, por combinação com (???): qm=12UaB2d2
Modo de proceder
\begin{enumerate} \item Para cada uma das quatro tensões de trabalho\(U_a\)já referidas, aplicadas agora também às placas que produzem o campo eléctrico, determine o valor de\(B\)(a partir de\(I$) que conduz ao anulamento das forças de origem eléctrica e magnética. \item Inverta o sentido dos campos eléctricos e magnéticos e repita a determinação do valor de\(B$. \item Apresente os valores de\(q/m$. Analise as diferentes contribuições para a incerteza total. Estime o valor da relação carga/massa do electrão, assim como a precisão e a exatidão obtida nas determinações que realizou. \item Observe a trajectória quando as forças de origem eléctrica e magnética não se compensam. Comente. % Apresente os valores de q/m calculados assim como o erro associado a cada determinação. Apresente um valor final para\(q/m$. \end{enumerate}
- ↑ Para mais exemplos ver https://phet.colorado.edu/en/simulations/charges-and-fields
- ↑ Mesmo aquelas que só fecham no infinito