Diferenças entre edições de "PV"
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| − | PV = constante  | + | PV = constante = nRT  | 
| − | Esta relação matemática diz-nos que num gás perfeiro   | + | Esta relação matemática diz-nos que num gás perfeiro quando diminuimos o volume, a pressão a que o gás está sujeito aumenta.    | 
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| + | Para realizar a experiência necessitaremos de construir um manómetro para determinar a pressão uma vez que o vulome pode ser determinado por uma medida direta como veremos.    | ||
(foto de um manómetro)  | (foto de um manómetro)  | ||
| − | Um manómetro é instrumento que mede a pressão de gases ou líquidos   | + | Um manómetro é instrumento que mede a pressão de gases ou líquidos. Para pressões baixas e proximas da atmosfera poderemos construir um manómetro simples recorrendo a uma simples coluna de água.   | 
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| + | ==A experiência em casa==  | ||
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| + | * Uma seringa de 100 ml  | ||
| + | * Um tubo plástico flexivel transparente com diametro interior de 4 mm  | ||
| + | * Água qb  | ||
| + | * Corante alimentar   | ||
| + | * Fita métrica  | ||
| + | * Suporte  | ||
| + | Coloca-se o tubo numa configuração em ''U'' e enche-se a meia-altura com a água previamente misturada com um pouco de corante. Une-se a seringa ao tubo, de maneira a que não haja fugas na ligação, podendo usar-se uma cola vulgar de PVC. A seringa deve estar com o êmbolo expandido mas não no fim de escala (~90ml).   | ||
| − | + | De seguida determina-se para vários valores do volume da seringa (ex. 80 ml a 100 ml) o diferencial na altura das duas colunas de água. Deve-se varrer várias vezes o volume de modo a poder concluir sobre o erro experimental.  | |
| + | O comprimento do tudo ligado à seringa com ar permite calcular o volume total de ar pela adição com o volume da seringa.  | ||
| + | A diferença entre a altura do liquido permite estabelecer o valor da pressão pela fórmula:  | ||
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| + | <math>P_h= \mu gh=K \times h</math>  | ||
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| + | onde a constante K é de 9800 Pa/m ou 9,8 Pa/mm.  | ||
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| + | ''É muito importante não abraçar a seringa com a mão porque a temperatura do corpo iria afetar a temperatura do ar na seringa e a constante nRT seria definitivamente afetada.''  | ||
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| + | O ajuste numérico deve ser efetuado com um parâmetro livre de volume (V<sub>0</sub>) para o ajuste aos erros sistemáticos nesta medida (por exemplo o volume do cone de ligação na seringa e o tubo usado na ligação).  | ||
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| + | De seguida apresentamos um gráfico do resultado obtido.  | ||
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| + | O ajuste foi efetuado com recurso ao MSExcel.  | ||
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| − | *   | + | P(V)_{experimental}=9,8*(l_{h1}(V)-l_{h2}(V))+101300  | 
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| + | P(V)_{ajuste}=K/(V_{total}+V_0)=K/(V+l_{h1}(V) *\pi * r_{tubo}^2 + V_0)    | ||
| + | \end{cases}  | ||
| + | </math>  | ||
| − | + | (equação de ajuste, parametros livres V<sub>0</sub> e K)  | |
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==A experiência no e-lab==    | ==A experiência no e-lab==    | ||
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Na sala de controlo podemos escolher os volumes inicial e final. Há que notar que podemos correr a experiência como compressão ou expansão. O tempo entre aquisições permite-nos controlar o tempo da experiência. É importante prestar atenção a isto, pois o a lei em estudo só é válida para transformações adiabáticas.    | Na sala de controlo podemos escolher os volumes inicial e final. Há que notar que podemos correr a experiência como compressão ou expansão. O tempo entre aquisições permite-nos controlar o tempo da experiência. É importante prestar atenção a isto, pois o a lei em estudo só é válida para transformações adiabáticas.    | ||
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No final, obtemos uma tabela de resultados em que cada linha corresponde a uma amostra. As colunas que nos interessam são a pressão e o volume.    | No final, obtemos uma tabela de resultados em que cada linha corresponde a uma amostra. As colunas que nos interessam são a pressão e o volume.    | ||
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Podemos apresenta-los graficamente:  | Podemos apresenta-los graficamente:  | ||
Edição atual desde as 10h48min de 5 de janeiro de 2016
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Introdução teórica
Nesta experiência vamos estudar um dos fenómenos particular da lei dos gases perfeitos: a Lei de Boyle-Mariotte, onde se constata que a pressão e o volume de um gás são inversamente proporcionais mantida a temperatura fixa, ou seja:
PV = constante = nRT
Esta relação matemática diz-nos que num gás perfeiro quando diminuimos o volume, a pressão a que o gás está sujeito aumenta.
Para realizar a experiência necessitaremos de construir um manómetro para determinar a pressão uma vez que o vulome pode ser determinado por uma medida direta como veremos.
(foto de um manómetro)
Um manómetro é instrumento que mede a pressão de gases ou líquidos. Para pressões baixas e proximas da atmosfera poderemos construir um manómetro simples recorrendo a uma simples coluna de água.
A experiência em casa
Os comp+onentes necessários para esta experiência são:
- Uma seringa de 100 ml
 - Um tubo plástico flexivel transparente com diametro interior de 4 mm
 - Água qb
 - Corante alimentar
 - Fita métrica
 - Suporte
 
Coloca-se o tubo numa configuração em U e enche-se a meia-altura com a água previamente misturada com um pouco de corante. Une-se a seringa ao tubo, de maneira a que não haja fugas na ligação, podendo usar-se uma cola vulgar de PVC. A seringa deve estar com o êmbolo expandido mas não no fim de escala (~90ml).
De seguida determina-se para vários valores do volume da seringa (ex. 80 ml a 100 ml) o diferencial na altura das duas colunas de água. Deve-se varrer várias vezes o volume de modo a poder concluir sobre o erro experimental. O comprimento do tudo ligado à seringa com ar permite calcular o volume total de ar pela adição com o volume da seringa. A diferença entre a altura do liquido permite estabelecer o valor da pressão pela fórmula:
[math]P_h= \mu gh=K \times h[/math]
onde a constante K é de 9800 Pa/m ou 9,8 Pa/mm.
É muito importante não abraçar a seringa com a mão porque a temperatura do corpo iria afetar a temperatura do ar na seringa e a constante nRT seria definitivamente afetada.
O ajuste numérico deve ser efetuado com um parâmetro livre de volume (V0) para o ajuste aos erros sistemáticos nesta medida (por exemplo o volume do cone de ligação na seringa e o tubo usado na ligação).
De seguida apresentamos um gráfico do resultado obtido.
O ajuste foi efetuado com recurso ao MSExcel.
[math] \begin{cases} P(V)_{experimental}=9,8*(l_{h1}(V)-l_{h2}(V))+101300 \\ P(V)_{ajuste}=K/(V_{total}+V_0)=K/(V+l_{h1}(V) *\pi * r_{tubo}^2 + V_0) \end{cases} [/math]
(equação de ajuste, parametros livres V0 e K)
A experiência no e-lab
A experiência do e-lab é semelhante à que é feita em casa, excepto que em vez de água para medir o deslovamen-to/volume, aqui usamos um sensor para medir a pressão com mais precisão. A montagem consiste num cilindro cheio de ar, cujo êmbolo é movido por um pequeno motor electrico. O par cilindro / êmbolo é implementado com uma seringa de 5cc.
Na sala de controlo podemos escolher os volumes inicial e final. Há que notar que podemos correr a experiência como compressão ou expansão. O tempo entre aquisições permite-nos controlar o tempo da experiência. É importante prestar atenção a isto, pois o a lei em estudo só é válida para transformações adiabáticas.
No final, obtemos uma tabela de resultados em que cada linha corresponde a uma amostra. As colunas que nos interessam são a pressão e o volume.
Podemos apresenta-los graficamente:
(Fazer o plot dos dados no excel ou no fitteia)
Podemos representar estes dados na forma de gráfico. Imediatamente vemos uma relação 1/x. Podemos fazer directamen-te o ajuste a esta função.
(fazer o ajuste)
Para além disso, podemos também estudar a constante dos gases perfeitos. R = P*V / n*T