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| '''Função \(f(t)\)''' || Ângulo \(\theta(t)\) || Posição \(x(t)\) | | '''Função \(f(t)\)''' || Ângulo \(\theta(t)\) || Posição \(x(t)\) |
Revisão das 17h59min de 23 de janeiro de 2025
Resolução de equações diferenciais lineares do segundo grau
Este tipo de equações aparece frequentemente em sistemas oscilatórios, como o oscilador harmónico (livre ou com atrito). Na ausência de atrito e de outras forças não conservativas, a equação envolve a segunda derivada e um termo linear do tipo
[math] a \frac{d^2f}{dt^2} + bf = 0 [/math]
em que \(f \equiv f(t)\) é uma função que só depende de uma variável \(t\) (por exemplo, o tempo) e \(a\) e \(b\) são constantes positivas. Reescrevendo:
[math] \frac{d^2f}{dt^2} = -\frac{b}{a}f [/math]
Podemos perguntar: qual é a função cuja segunda derivada é proporcional à própria função, multiplicada por uma constante negativa? As soluções são combinações lineares de seno e cosseno:
[math] f(t) = A \sin\left(\sqrt{\frac{b}{a}}t\right) + B \cos\left(\sqrt{\frac{b}{a}}t\right) [/math]
onde \(A\) e \(B\) são constantes determinadas pelas condições iniciais do sistema (posição inicial, velocidade inicial, etc.). Para simplificar, definimos \(\omega_0 = \sqrt{\frac{b}{a}}\) e reescrevemos:
[math] f(t) = A \sin(\omega_0 t) + B \cos(\omega_0 t) [/math]
A solução geral pode também ser escrita como:
[math] f(t) = A_0 \sin(\omega_0 t + \phi_0) [/math]
\noindent onde \(A_0\) é a amplitude, \(\phi_0\) é a fase inicial e \(\omega_0\) é a frequ\^encia angular, com per\'iodo \(T_0 = \frac{2\pi}{\omega_0}\).
Exemplos
Para o pêndulo e o sistema massa-mola, temos os seguintes parâmetros:
Pêndulo | Massa-mola | |
---|---|---|
Equação diferencial | \(\ddot{\theta} = -\frac{g}{\ell}\theta\) | \(\ddot{x} = -\frac{k}{m}x\) |
Função \(f(t)\) | Ângulo \(\theta(t)\) | Posição \(x(t)\) |
\(\ddot{f}\) | Acel. angular \(\alpha(t) = \ddot{\theta}\) | Aceleração \(a(t) = \ddot{x}\) |
\(a\) | \(\ell\) | \(m\) |
\(b\) | \(g\) | \(k\) |
\(A_0\) | Amplitude máxima \(\theta_0\) | Amplitude máxima \(A_0\) |
\(\phi_0\) | (fase inicial) | (fase inicial) |
\(\omega_0\) | \(\sqrt{\frac{g}{\ell}}\) | \(\sqrt{\frac{k}{m}}\) |
Resolução de equações diferenciais lineares do primeiro grau=
Este tipo de equações aparece em sistemas com forças proporcionais à velocidade, como o atrito. A forma geral é:
[math] a \frac{df}{dt} = b - cf [/math]
Substituindo \(g(t) = f(t) - \frac{b}{c}\), temos:
[math] \frac{dg}{dt} = -\frac{c}{a}g [/math]
A solução é:
[math] g(t) = A e^{-\frac{c}{a}t} [/math]
Substituindo de volta em \(f(t)\):
[math] f(t) = \frac{b}{c} + A e^{-\frac{c}{a}t} [/math]
Derivadas parciais
Se uma função depende de mais de uma variável, podemos calcular derivadas parciais. Por exemplo, se \(f \equiv f(x, y)\):
[math] \frac{\partial f}{\partial x}, \quad \frac{\partial f}{\partial y} [/math]
Exemplo: \begin{itemize}
\item \(f(x, y) = x^3y^2 \implies \frac{\partial f}{\partial x} = 3x^2y^2, \quad \frac{\partial f}{\partial y} = 2x^3y\) \item \(f(x, y) = e^{-y}\sin(x) \implies \frac{\partial f}{\partial x} = e^{-y}\cos(x), \quad \frac{\partial f}{\partial y} = -e^{-y}\sin(x)\)
\end{itemize}